Vítimas de acidentes de trânsito aguardam horas por socorro e ainda enfrentam falta de vaga em Franca

Vítimas de acidentes de trânsito aguardam horas por socorro e ainda enfrentam falta de vaga em Franca

Na noite desta sexta-feira, 27, duas vítimas de acidentes de trânsito enfrentaram longa espera por atendimento, escancarando mais uma vez a crise no sistema de saúde de urgência da cidade. Com ambulâncias retidas por falta de vagas nas unidades de saúde, as vítimas tiveram que esperar por horas para serem socorridas.

Um dos casos ocorreu por volta das 18h00, na Avenida Adhemar Pereira de Barros, quando uma mulher teve sua motocicleta atingida por um carro, onde o condutor teria avançado o sinal vermelho. Após provocar a colisão, o motorista fugiu do local sem prestar socorro. A vítima permaneceu caída à espera de atendimento por mais de duas horas. Após horas de espera, por volta das 20:40, a vítima foi socorrida por uma equipe de resgate com fratura no braço para a Santa Casa de Franca.

Enquanto isso, na avenida Gabriela Almeida Pirajá, no Jardim Aeroporto, outro acidente ocorreu envolvendo carro e moto. Um homem de 28 anos que conduzia uma motocicleta ficou ferido. Ele aguardou cerca de uma hora e meia até ser finalmente socorrido. No entanto, na UPA do Jardim Aeroporto, não havia vaga para atendimento. Diante da superlotação, a vítima precisou ser encaminhada para a UPA do Jardim Anitta, mais distante do local do acidente.

Casos como esses não são isolados. A população de Franca tem convivido diariamente com a superlotação nas unidades de pronto atendimento e nos hospitais da cidade. A reportagem do Em Primeira Mão tem recebido diversas denúncias relatando a demora nos atendimentos, a falta de leitos e a precariedade do sistema de saúde. Ambulâncias do Samu e do Resgate do Corpo de Bombeiros têm permanecido por longos períodos nas unidades de saúde, aguardando a liberação de vagas para os pacientes, o que acaba comprometendo o atendimento de outras ocorrências, como nos dois acidentes em que as vítimas aguardaram por horas até serem socorridas.

A população cobra medidas urgentes do poder público para resolver a situação. Enquanto isso, vidas seguem em risco por conta da demora no atendimento e da falta de estrutura nos atendimentos emergenciais.