Rifaina é a primeira cidade da região de Franca e com menos de 10 mil habitantes do Estado a ter acesso ao programa Muralha Paulista

O Sistema Muralha Paulista entrou em operação nesta sexta-feira (10/10) em Rifaina.
Rifaina integra o programa Muralha Paulista, do Governo do Estado de São Paulo, utilizando tecnologia de reconhecimento facial e de placas para monitorar a segurança. O sistema, que começou a funcionar na cidade neste início de outubro/25, integra dados de câmeras do Estado com os da Guarda Municipal, enviando alertas em tempo real para a polícia em caso de suspeitas.
Rifaina é a primeira cidade da região de Franca e do Nordeste Paulista, fora da capital, das grandes cidades e uma pequena cidade do interior a adotar essa inovação de segurança pública integrada.
Como o sistema funciona em Rifaina
Tecnologia de ponta: Câmeras com inteligência artificial leem rostos e placas de veículos, verificando a simetria facial para identificar pessoas.
Integração: Os dados coletados são integrados ao sistema do Governo do Estado, que rapidamente busca pendências e envia alertas para o centro de operações responsável.
Foco na segurança: O objetivo é combater a criminalidade, e o programa já contribuiu para a captura de pessoas procuradas pela Justiça em Rifaina desde sua implementação.
Expansão: O programa está sendo expandido para outras cidades e, em uma nova fase, permite que cidadãos e comércios integrem suas câmeras particulares ao sistema de monitoramento policial.
O programa foi criado pelo governador Tarcísio de Freitas e tem como objetivo aumentar o monitoramento por câmeras de segurança e integrar os dados aos sistemas digitais da polícia, restringir a mobilidade criminal e aumentar a probabilidade de prisão de criminosos durante seus deslocamentos no território paulista.
O Muralha Paulista é constituído por um conjunto integrado de soluções tecnológicas de infraestrutura física, de operação em nuvem e de inteligência artificial. Integra câmeras de todo o território estadual às forças de segurança, monitorando cidades e rodovias.
Conectado ao sistema Cortex, o software reúne uma base de dados nacional, tudo operacionalizado por meio da integração, no centro de fusão de dados (“fusion center”) da Secretaria da Segurança Pública, onde o software de reconhecimento facial é rodado, possibilitando reconhecer procurados pela Justiça, veículos furtados ou roubados e também pessoas desaparecidas.
A ferramenta, criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), com o início da operação em Rifaina, já totaliza cinco cidades no Estado — entre elas São Paulo, Praia Grande, São Carlos, Indaiatuba e agora Rifaina.
“A política pública integra câmeras de monitoramento dos municípios ao sistema estadual, permitindo a identificação automática de foragidos da Justiça, pessoas desaparecidas e veículos roubados ou furtados”, comentou o vice-prefeito Cidinho.
“Esse é um grande avanço em segurança pública com uso de tecnologia. O sistema gera alertas em tempo real e tem sido fundamental para o controle da mobilidade criminal, fortalecendo a atuação das nossas forças policiais”, afirma o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
O processo de integração passa por etapas de análise jurídica e compatibilidade tecnológica. A meta é cadastrar todos os municípios interessados.
Além da integração de imagens, o Muralha Paulista disponibiliza aplicativo exclusivo para agentes das polícias Civil, Militar e Guardas Municipais, permitindo consultas imediatas: o app revela se um suspeito está foragido, cadastrado em plataformas de entrega, verifica o IMEI de celulares, o registro de armas e mais.
A tecnologia do programa faz cruzamento de dados com o Banco Nacional de Mandados de Prisão e usa reconhecimento facial para identificar suspeitos. Em caso de correspondência, um alerta é enviado ao centro de operações responsável.
“É a primeira vez que o Estado conecta os municípios em um sistema unificado de segurança pública, funcionando como um grande concentrador de dados”, destaca Rafael Ramos, subsecretário de Projetos da SSP.
A governança e a proteção de dados são garantidas por decreto. O programa opera com acesso restrito, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e é acompanhado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).